Irã ataca Israel: o que se sabe até o momento sobre o conflito entre os dois países

O conflito entre Irã e Israel entrou em uma fase crítica, com ataques militares diretos

O conflito entre Irã e Israel escalou dramaticamente na quinta-feira (12 de junho de 2025), quando Israel lançou uma ofensiva militar de larga escala contra o território iraniano, marcando um dos episódios mais graves da rivalidade entre os dois países nas últimas décadas. A operação, denominada “Leão em Ascensão”, mobilizou cerca de 200 aeronaves que lançaram mais de 330 munições contra mais de 100 alvos estratégicos no Irã, incluindo instalações nucleares, bases militares e prédios governamentais ligados ao programa nuclear iraniano. Em resposta, o Irã lançou cerca de 100 drones contra Israel e prometeu retaliação, classificando os ataques como uma “declaração de guerra”. O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, afirmou que Israel e os Estados Unidos “vão pagar caro” pelos bombardeios, e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que intervenha imediatamente.

Motivações do ataque israelense

Israel justificou o ataque como uma ação preventiva diante da ameaça iminente representada pelo programa nuclear iraniano. O governo israelense acusou o Irã de acumular grandes quantidades de urânio enriquecido, suficiente para fabricar até 15 bombas nucleares em poucos dias, e alertou que não permitiria que o regime iraniano obtivesse armas de destruição em massa. A Embaixada de Israel no Brasil classificou o Irã como o principal patrocinador do terrorismo global e uma ameaça existencial ao Estado israelense, destacando o objetivo iraniano de aniquilar Israel por meio de um programa nuclear clandestino e extenso.

Alvos e consequências imediatas

Entre os alvos atacados, destacou-se a instalação nuclear de Natanz, principal planta de enriquecimento de urânio do Irã, além de bases onde são desenvolvidos mísseis de longo alcance. O ataque resultou na morte de altos líderes militares iranianos, incluindo o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, além de cientistas nucleares de alto escalão, como Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi. A ofensiva foi considerada uma das maiores já sofridas pelo Irã, com Israel utilizando 200 jatos e mais de 330 munições para atingir os alvos.

Retaliação: Irã ataca Israel

O Irã respondeu rapidamente, lançando cerca de 100 drones contra o território israelense, embora Israel tenha informado que conseguiu interceptar a maioria deles sem registrar danos significativos. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e advertiu que Israel enfrentaria um “destino amargo e doloroso”. O ministro das Relações Exteriores do Irã classificou o ataque israelense como uma “declaração de guerra” e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que tome medidas imediatas contra o que chamou de agressão israelense.

Reações internacionais

O ataque e a escalada do conflito repercutiram globalmente. Enquanto países como Rússia, China e a Liga Árabe condenaram os ataques israelenses ao Irã, França e Estados Unidos manifestaram apoio a Israel. O presidente americano Donald Trump declarou apoio incondicional a Israel e pediu que o Irã aceite um acordo nuclear nos termos propostos pelos EUA antes que seja tarde demais. O secretário de Defesa americano, Marco Rubio, afirmou que os EUA não participaram diretamente do ataque israelense.

Contexto histórico e geopolítico

A rivalidade entre Irã e Israel tem raízes profundas, especialmente após a Revolução Islâmica de 1979, quando o Irã se transformou numa república islâmica que rompeu relações com Israel e passou a apoiar grupos como Hamas e Hezbollah, considerados terroristas por Israel. O programa nuclear iraniano é visto por Israel como uma ameaça existencial, enquanto o Irã acusa Israel de agressão e de tentar impedir seu desenvolvimento soberano. O conflito atual é uma escalada significativa dessa “guerra nas sombras” que vinha se intensificando ao longo dos anos.

Possíveis desdobramentos

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que os ataques continuarão pelo tempo que for necessário para destruir a infraestrutura nuclear e militar iraniana. O Exército israelense alertou a população para se preparar para uma operação prolongada, enquanto o Irã prometeu uma resposta dura e sem limites. Especialistas alertam para o risco de uma escalada regional e até global, dada a possibilidade de envolvimento de aliados e o potencial uso de armas nucleares, o que aumenta a tensão no Oriente Médio e no mundo.

Em suma, o conflito entre Irã e Israel entrou em uma fase crítica, com ataques militares diretos, mortes de líderes estratégicos e uma retórica de retaliação que ameaça ampliar a instabilidade na região. A comunidade internacional acompanha com preocupação, temendo uma escalada que possa envolver outros países e agravar ainda mais a já complexa situação no Oriente Médio.

Fonte: GC Mais