Justiça de SP nega habeas corpus a homem perseguido por Carla Zambelli

O Jornalista foi condenado depois de escrever um texto expondo sua opinião após ser perseguido pela deputada com uma arma

A Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de habeas corpus do jornalista Luan Araújo, condenado pelo crime de difamação contra a honra da deputada federal Carla Zambelli (PL). De acordo com o Tribunal de Justiça do estado, a decisão é da última quinta-feira (19).

Luan foi perseguido pela parlamentar no dia 29 de outubro de 2022, quando ela sacou uma arma em sua direção, nas ruas do Jardins, na Zona Sul da capital, nas vésperas do 2º turno da eleição presidencial. Ela virou ré no Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2023 por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Já a condenação de Luan aconteceu após o jornalista escrever uma coluna contando o ocorrido. No texto, ele diz que Zambelli segue “uma seita de doentes de extrema direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades”. Em outro trecho, o jornalista falou que a deputada é parte de uma “extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”.

A publicação foi removida após decisão judicial e a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade.

Araújo declarou à Justiça que “na qualidade de jornalista apenas proferiu opinião profissional”. No pedido de habeas corpus, que foi negado, a defesa dele solicitou o “trancamento da ação penal ante a evidente falta de justa causa” e que “a ação seja julgada improcedente, com a consequente absolvição do paciente”.

SAIBA QUEM É LUAN ARAÚJO 

O jornalista Luan Araújo tem 34 anos e mora na zona Leste de São Paulo.

Ele é graduado pela Universidade de São João Tadeu e dedicou boa parte de sua carreira ao jornalismo esportivo.

Luan é ativo nas redes sociais, onde demonstra sua afinidade com o Corinthians e defende pautas como o combate ao racismo e também políticos de esquerda.

Ele trabalhou como assessor de imprensa e como gestor de comunidades digitais.

Ele trabalhou como assessor de imprensa e como gestor de comunidades digitais.

Fonte: Diário do Nordeste

Fonte: Diário do Nordeste