Líder religioso é preso por submeter mulheres a orgias, estupros e marcá-las com símbolo de seita
Homem se aproveitava da condição para explorar as participantes
Um homem de 23 anos, que se apresentava como líder religioso, foi preso na manhã desta sexta-feira (22), na cidade do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, por suspeita de estuprar seguidoras e marcar a pele das vítimas com o símbolo da seita que eles participavam.
Segundo investigações coordenadas pela Delegacia Metropolitana do Eusébio, o homem se aproveitava da condição de líder para explorar sexualmente as mulheres. Ao menos três vítimas denunciaram o caso.
“No local, os praticantes eram obrigados a práticas identificadas como orgias sexuais. Uma das seguidoras, inclusive, vinha sendo submetida a exploração sexual, visto que era obrigada a sair com homens e trazer dinheiro para a manutenção do local onde se desenvolvia essa suposta prática religiosa”, disse o delegado titular da Delegacia Metropolitana de Eusébio, Everardo Lima.
Ainda conforme apurações policiais, o suspeito também utilizava um ferro quente para lesionar as vítimas, deixando-as marcadas.
“As mulheres apresentavam lesão corporal causada pela marcação com ferro em brasa na pele, com uma simbologia que fazia menção aquele culto ao qual o suposto líder religioso dizia ser praticante”, falou o delegado.
O homem, que não teve a identidade divulgada, teve a prisão preventiva decretada e foi capturado no Bairro Olho D’Água. No local, os agentes apreenderam instrumentos de ferro, machados, tesouras e outros objetos perfurocortantes, além de um aparelho celular.
O suspeito foi conduzido para a Delegacia Metropolitana do Eusébio, onde foi autuado por estupro de vulnerável, estupro, exploração da prostituição alheia e lesão corporal dolosa.
A Polícia Civil afirma que mantém as investigações e orienta que outras possíveis vítimas do líder religioso procurem a delegacia mais próxima para denunciar.
Homem utilizava um ferro quente para lesionar as vítimas deixando-as marcadas. — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Fonte: g1 CE