Manifestante diz ter sido agredido pelo secretário de Saúde Ciro Gomes

Um manifestante disse ter sido agredido na última sexta-feira (7) pelo secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes (PROS), em um bate-boca, durante  a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Bairro Jangurussu, em Fortaleza.

A Secretaria de Saúde negou ter ocorrido qualquer agressão por parte de Ciro Gomes. Segundo o órgão, o que houve foi uma tentativa de agressão por parte dos manifestantes contra o secretário.
vídeo postado na Internet pelo manifestante mostra Ciro Gomes (PROS) em um bate-boca tentando empurrar a câmera dele.
Nas imagens, Ciro Gomes conversa com participantes do evento quando a câmera se aproxima. O autor do vídeo fala ”mais um que faz parte da corja” e depois pergunta “por que não pode tirar foto?” O secretário diz “vai circulando”, faz um gesto brusco com o braço aparentemente tentando empurrar o equipamento e repete: “vai circulando, logo”. O autor do vídeo questiona o secretário: “por que você está me agredindo?”. E Ciro diz: “não estou te agredindo, não”.
Em seguida, outros dois homens que participavam do evento aparecem e conversam com o autor do vídeo, tentando afastá-lo. Um deles chegou a afirmar que, se os manifestantes não fizessem o protesto “numa boa”,  a “galera” iria “pra cima”.
Manifestação
O incidente registrado no vídeo não foi o único do evento. Depois do episódio, um grupo protestava e um manifestante, que também bateu boca com o secretário, acabou preso. “Nós estávamos pedindo melhores condições de saúde para a população e afirmamos na presença do secretário que só um prédio não é suficiente, é preciso ter melhores condições para a população, e de repente fomos recebidos de forma truculenta pelo secretário”, disse um dos manifestantes presentes, que preferiu não se identificar. Os manifestantes negam as acusações de agressão ou tentativa de agressão.
Segundo a polícia, um líder comunitário registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por agressão no 30º Distrito Policial. A Polícia Civil deteve um manifestante de 23 anos e apreendeu um adolescente. “Eles chegaram numa boa [manifestantes] e depois foram para cima empurrando a gente. Eu estava no meio e empurraram a minha pessoa e ele. Aí foi que os guardas chegaram e trouxeram eles até aqui [Distrito Policial]. Eles estavam contra a UPA. Acham que gastaram dinheiro em vão”, disse o líder comunitário Antônio de Lima. Segundo o subinspetor Teles, da Guarda Municipal, havia entre  20 e 25 manifestantes. “Quando houve a desordem líderes comunitários chegaram até a gente e pediram apoio. Conseguimos intervir”, disse Teles.

Jonas Deison (Sobral Online), com informações do G1