Ministério da Saúde repassa R$ 25,2 mi para manter UTIs no Ceará após pressão de governadores

O Ministério da Saúde irá repassar pouco mais de R$ 25,2 milhões mensalmente ao Ceará para manter 527 leitos de UTI. Conforme portaria da pasta publicada na sexta-feira (19), a verba será utilizada para o custeio de leitos que já foram abertos pelo governo estadual. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), os repasses federais haviam sido interrompidos e estão sendo retomados após pressão dos governadores.

No total, serão atendidas 21 unidades de saúde em 15 municípios cearenses (confira lista abaixo). Apenas em Fortaleza, foi autorizado o repasse federal para custeio de 310 leitos de tratamento intensivo. Serão atendidos hospitais da rede municipal e da rede estadual de saúde.

Ao todo, o Ceará possui 1.159 leitos de UTI para tratamento de pacientes com Covid-19, com uma ocupação de 91,6%. As informações são do IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde (Sesa), coletadas às 11 horas deste domingo (21).

Além dos repasses autorizados pela Portaria, outros 196 também devem contar com repasses mensais para o custeio dos leitos de tratamento intensivo no Ceará. O valor autorizado para repasse do Ministério da Saúde, no entanto, não é suficiente para o custeio total das vagas ativas de UTI.

Ajuda de custeio dos leitos

Cada vaga ativa de tratamento intensivo possui um custo mensal varia entre R$ 80 mil a R$ 120 mil, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Os repasses do Governo Federal devem contribuir com apenas R$ 48 mil por mês para o custeio de cada leito. O restante é custeado pela administração pública local, seja estadual ou municipal.

Além disso, também são os governos estaduais e prefeituras que pagam a instalação da UTI – um custo que gira em torno de R$ 100 mil e R$ 150 mil, a depender do tipo de equipamento, informa a Sesa. Ainda estão em avaliação os repasses para mais 169 leitos de UTI adulto e 38 pediátricos.

Além disso, o Governo Estadual deve ampliar o número de vagas ativas para tratamento intensivo até o início de abril. Segundo a Sesa, a abertura dos leitos estava prevista antes da autorização de repasses pelo Ministério da Saúde. A pasta não divulgou quantos novos leitos serão abertos no estado.

“Abrir um novo leito de alta complexidade demanda investimento em equipamentos e em especialistas. Cada unidade precisa ser equipada com monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de pulso, rede de gases, aparelho de ventilação mecânica, bombas de infusão contínua, aparelho desfibrilador, entre outros insumos necessários à atenção ao doente criticamente enfermo”, explica nota enviada pela Sesa.

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