Moro sobre pandemia: “É uma crise de saúde, não tem como prender o vírus’
De olhos bem arregalados numa possível sucessão de Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, voltou a ser um dos alvos preferenciais de grupos bolsonaristas, que avaliam que o mais popular dos auxiliares do presidente deveria usar seu capital político em favor do presidente e endossar discursos como o do isolamento vertical.
Moro, que não é besta, se recusa a reverberar críticas mais duras a governadores, adota cautela diante de estudos científicos que mostram que a cloroquina e a hidroxicloroquina poderiam ser utilizadas no tratamento de pacientes e a interlocutores com quem se reuniu nos últimos dias disse se sentir injustiçado diante das cobranças por mais atuação na crise. “É uma crise de saúde, não é uma crise de segurança. Não tem como prender o vírus”, declarou Moro a auxiliares.
Bolsonaro disse recentemente a um interlocutor que Moro, ao não se colocar como um personagem que poderia conscientizar a população e o mundo político sobre a Covid-19, é um “egoísta” que “só cuida dos próprios interesses”. No atual estágio de contaminações de brasileiros por coronavírus, o ex-juiz da Lava-Jato considera que os esforços do governo têm de ser canalizados pelo Ministério da Saúde e, em um segundo momento, pela equipe econômica.
(com informações da Veja.com)