As mortes por meningite no Ceará dobraram nos primeiros meses de 2024, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado. Especialistas em saúde pública destacam a importância da vacinação como a principal forma de prevenção contra a doença, que frequentemente resulta em óbito.
De acordo com as informações divulgadas pelo órgão público foram registrados 166 casos de meningite até a última semana de julho, com 20 mortes associadas à doença. Fortaleza lidera o número de óbitos, com seis casos confirmados. A vacina meningocócica, oferecida pelo SUS desde 2010, é parte do calendário nacional de vacinação, abrangendo crianças menores de cinco anos e adolescentes entre 11 e 14 anos. No entanto, a cobertura vacinal no estado está abaixo do ideal, com apenas 69% de cobertura de janeiro a junho de 2024. Especialistas recomendam uma cobertura de pelo menos 90% para uma efetiva proteção.
“A nossa cobertura vacinal está em torno de 78% para crianças menores de um ano, então ainda baixa, o ideal é 95%. Temporariamente nós estamos fazendo nas crianças menores de um ano a vacina ACWY, uma quadrivalente também. Então é importante que todas as crianças sejam levadas para a unidade de saúde para serem imunizadas,” alerta Vanessa Soldatelli, coordenadora de imunização de Fortaleza.
Os sintomas iniciais da meningite são similares aos de uma síndrome viral gripal e incluem febre, dor de cabeça, dor de garganta, dores no corpo, perda de apetite, náuseas e vômitos. Profissionais da área da saúde alertam que, caso esses sintomas apareçam, é crucial buscar atendimento médico imediatamente.
“É muito importante que no primeiro sintoma a pessoa já seja levada ou procure uma unidade de saúde para ser diagnosticada e iniciar rapidamente o tratamento. Os sintomas da meningite são bem fortes, bem exacerbados, dor de cabeça muito forte, dor na nuca, vômito normalmente, vômito injato, fraqueza, náusea. Então, nesses primeiros sintomas, principalmente dor na nuca e vômito, procurar imediatamente um posto de saúde,” enfatiza Soldatelli.
Fonte: GC Mais