Movimento Social FOME manifesta publicamente sua solidariedade à jovem, Carol Montenegro

O Movimento Social FOME- por meio do seu núcleo feminista AS FOMENISTAS —manifesta publicamente sua solidariedade à jovem, Carol Montenegro que sofreu uma tentativa de homicídio na última sexta-feira, 13 de outubro, por um ex namorado de nome Igor Pontes Sousa, que agrediu violentamente a jovem, torturando-a de forma cruel.

Hoje em vários espaços, várias formas de violência destroem nossas vidas: violências domésticas, no ambiente de trabalho, nas ruas, nos transportes coletivos, nas escolas e universidades – quer sejam violências físicas, sexuais, psicológicas ou simbólicas. O Estado, o patriarcado e o capitalismo estão intimamente envolvidos na opressão e repressão de nossos corpos e vidas.
Entendemos que não existe justificativa nenhuma para tamanha covardia e que mulher nenhuma é obrigada a permanecer numa relação, principalmente relações abusivas.
Na maioria das agressões o principal agressor da mulher é o seu “companheiro” ou “ex-companheiro” como foi o caso de Carol e o local onde é realizada a agressão é, em 71,9% dos casos, o ambiente privado (residência), seguido da rua com 15,9%. A violência física é a mais frequente (48,7%), seguida da violência psicológica (23%) e, em terceiro lugar, vem a violência sexual (11,9%).
Não conhecemos a jovem Carol, mas entendemos que nossa luta é uma só e hoje somos todas Carol, partilhamos hoje do mesmo sentimento de revolta, mas também de impotência. Lamentamos que ainda hoje vivenciamos essas casos de violência, no nosso país, 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal, segundo o Centro de Atendimento à Mulher. Em média, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada em nosso país, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Hoje mais que nunca, não somente pela Carol, mas também por tantas outras companheiras que estão sofrendo nesse exato momento enquanto escrevo esse texto, vamos fortalecer a auto-defesa e criar espaços de solidariedade para o enfrentamento a todos os tipos de violências contra a mulher.
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Segundo a vítima, seu ex-namorado só não a matou porque populares ouviram os gritos e a socorreram. A jovem sofreu grave lesão no olho esquerdo e será transferida para a cidade de Fortaleza, onde receberá atendimento médico especializado

E jamais podemos nos calar diante dessa covardia, precisamos nos auto organizar, e romper as amarras que nos aprisiona, infelizmente a nossa lei e falha e sabemos que possa ser que o agressor nem seja penalizado por seu ato covarde.
Construir mulheres fortes!
Construir um povo forte!
Fomenistas!
Mulheres do Gueto que Lutam sem Medo!
Fonte de dados: ORL
Texto:Raiana Souza
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