Católicos do mundo inteiro vivenciam a semana mais importante para sua fé: a Semana Santa. O ápice é o chamado Tríduo Pascal, que começa na quinta-feira (13) e termina no sábado (15), com a vigília à espera do domingo de Páscoa. Ao longo de toda a semana, acontecem várias celebrações religiosas para recordar a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Neste período as pessoas adotam muitos costumes repassados há gerações e que se tornaram quase obrigação para os fieis. Não comer carne, não ouvir músicas seculares, fazer jejum com pão e água, não varrer a casa e até não lavar o cabelo são alguns exemplos praticados pelas pessoas durante a Semana Santa.
Irani Araújo, que mora na localidade de Celsolândia, em Acaraú, comenta alguns costumes que pratica para celebrar os dias santos.
“Na Semana Santa, além do ritmo normal do que exige a liturgia, por exemplo na Sexta-Feira Santa, desde criança eu nunca comi carne, já é uma tradição da minha família inteira”, conta.
A religião católica, de um modo geral, é permeada por estes costumes populares, onde os fieis ao longo dos mais de 2 mil anos criaram para expressarem sua forma de acreditar em Deus. Essas tradições são vistas como práticas da piedade popular, o que a Igreja não condena. Estes atos têm o seu valor na experiência de fé vivenciadas pelo povo.
Algumas pessoas contam também que antigamente, na celebração da Vigília Pascal, no sábado da Semana Santa, se o padre não achasse o Cântico do Aleluia, significava que o mundo iria acabar. Até hoje, alguns padres propositalmente fazem um pequeno suspense na hora do anúncio do Aleluia para que os fieis mais antigos acreditem nesta teoria e sintam aquele medo. Até hoje, esta parte do rito nunca desapareceu.
Estas tradições, apesar do seu lado positivo, podem tirar os olhos das pessoas do verdadeiro sentido das celebrações religiosas, para focarem somente nos puros atos tradicionais. Um exemplo disso é a queima do Judas.
Jornalista, editor chefe e blogueiro raiz