"Não tenho como objetivo de vida ser presidente", diz Marina Silva

A ex-senadora Marina Silva (PSB)afirmou nesta terça-feira, 15, que “ninguém mais suporta” o atual atraso na política brasileira, marcada por práticas fisiológicas. Em entrevista ao Programa do Jô, da Rede Globo, a idealizadora da Rede Sustentabilidade disse ainda que não consegue imaginar como a presidente Dilma Rousseff (PT) possa se “sentir tranquila em mais quatro anos sendo chantageada pelo Congresso Nacional”.
“A gente não suporta mais o que está aí. Eu acho que a gente pensa sempre, no processo político, na perspectiva de projeto de poder. Eu insisto que é preciso um projeto de país e essa disruptura será boa para todo mundo. E eu não consigo imaginar que a presidente Dilma Rousseff possa se sentir tranquila em mais quatro anos sendo chantageada pelo Congresso Nacional”, disse.
Marina afirmou que é necessário acabar com a polarização entre PSDB e PT, que teria levado o País a uma “estagnação”, e disse que “não tem como objetivo de vida” ser presidente. Ela destacou que optou por migrar para o PSB tanto pela história do presidente nacional da legenda, Eduardo Campos, quanto pelo histórico positivo do partido quanto as causas ambientais. Ela acusou PT e PSDB de não terem se comprometido a adotar uma agenda ambiental efetiva em 2010, e explicou que não escolheu o PPS porque o partido poderia ser acusado de “partido de aluguel”.
Após não conseguir aprovar a criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade, a tempo de concorrer para as eleições de 2014, Marina Silva migrou para o PSB no início de outubro. A filiação ocorre no momento em que o governador Cid Gomes (Pros) deixou o partido, na intenção de não apoiar uma possível candidatura própria da legenda à sucessão de Dilma.
Jonas Deison (Sobral Online) com informações do jornal O Globo

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