No Ceará, 289 trabalhadores foram flagrados em condições análogas à de escravidão na última década

Nos últimos dez anos, o Ceará teve 289 trabalhadores flagrados em condições análogas à de escravidão em áreas rurais e urbanas. Segundo levantamento do setor de fiscalização do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Ceará (SRT/CE), o ano com mais pessoas encontradas nessas condições foi 2013, com 103 resgatados.

O Brasil resgatou na última década mais de 11 mil trabalhadores em situação similar à de escravidão. Pará, Mato Grosso e Minas Gerais lideram o ranking. A SRT/CE detalha que, anteriormente, as atividades similares ao trabalho escravo variavam entre a extração da carnaúba e outras atividades no meio rural.

Contudo, a prática foi sendo modificada ao longo dos anos e a exploração desse tipo de mão de obra também passou a ser encontrada em ambiente urbano.

Um dos casos aconteceu em 2019, quando sete trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados em uma obra em um bairro nobre da cidade de Fortaleza.

As fiscalizações de combate ao trabalho escravo acontecem de acordo com a apuração das denúncias recebidas, mas a demanda é alta para o número de profissionais disponíveis.

Atualmente, o Brasil conta com 2.064 auditores-fiscais do Trabalho. No Ceará, existem 91. Desses, 89 lotados em Fortaleza. Número considerado bem abaixo do necessário.

Nesta quinta-feira, 28, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e Dia do Auditor-Fiscal do Trabalho, profissional responsável por também fiscalizar esse tipo de mão de obra.

A SRT/CE e o do Sindicato Nacional dos Auditores do Trabalho (Sinait) vão divulgar o balanço detalhado das fiscalizações, por ano, no Estado.

Fonte: OPovo

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