OCDE sugere reformas ao Brasil para manter teto de gastos e ampliar Bolsa Família

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quarta-feira (16) um novo relatório econômico sobre o Brasil. O texto sugere, entre outras ações, a manutenção do teto de gastos e medidas parar tornar o orçamento menos rígido – como forma, também, de destinar mais recursos para programas sociais como o Bolsa Família.

O Brasil já entrou com um pedido para ingressar na OCDE, formada pelas economias mais desenvolvidas do planeta, mas ainda não conseguiu atender a todos os pré-requisitos. Depois de atender aos chamados “instrumentos” de adesão, o candidato ainda tem de ser aprovado por outros membros.

Balanço divulgado na semana passada pela Casa Civil informa que o Brasil é o “país não membro” com o maior número de adesões a instrumentos da organização.

Dos 245 instrumentos, segundo o governo, o Brasil já aderiu a 94 e aguarda autorização da OCDE para adesão a outros 49. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil está na frente de outros países nessa corrida.

O secretário-Geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, afirmou nesta quarta que o Produto Interno Bruto (PIB ) brasileiro deve ter uma queda de 5% neste ano, e um crescimento de 2,6% em 2021. 

Ele enumerou as medidas de combate ao novo coronavírus anunciadas pelo governo e votadas pelo Congresso Nacional, como o auxílio emergencial, e avaliou que sem elas a “contração econômica em 2020 teria sido muito mais profunda”.

De acordo com Paulo Guedes, o relatório da OCDE sobre a economia brasileira apresenta medidas construtivas, que estão em linha com a avaliação do governo de avançar com as reformas para retomar o crescimento sustentado. 

“Principais mensagens econômicas são resumidas em, primeiro sustentabilidade fiscal, crescimento da produtividade, que requer aprofundamento das reformas, e terceiro vamos necessitar de politicas de qualificação. As reformas para aprofundar a consolidação fiscal, estão no centro da programação econômica do nosso governo”, disse ele.