ONU: Dilma faz duras críticas aos atos de espionagem dos EUA

Em tom rígido, Dilma Rousseff levou nesta terça-feira (24) à 68ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, as críticas do país ao governo americano, acusado de espionar inclusive as comunicações pessoais da presidente brasileira.
Na plenária, Dilma qualificou o programa de inteligência dos EUA de “uma grave violação dos direitos humanos e das liberdades civis; da invasão e captura de informações sigilosas relativas a atividades empresariais e, sobretudo, de desrespeito à soberania nacional”.

Dilma afirmou que as denúncias causaram “indignação e repúdio” e que foram “ainda mais graves” no Brasil, “pois aparecemos como alvo dessa intrusão”. Disse ainda que “governos e sociedades amigos, que buscam consolidar uma parceria efetivamente estratégica, como é o nosso caso, não podem permitir que ações ilegais, recorrentes, tenham curso como se fossem normais”. “Elas são inadmissíveis”, completou.

Conforme a presidente, o Brasil “fez saber ao governo norte-americano nosso protesto, exigindo explicações, desculpas e garantias de que tais procedimentos não se repetirão”.
Dilma também foi extraordinariamente dura ao rebater frontalmente o argumento americano de que a espionagem visa combater o terrorismo e, portanto, proteger cidadãos não só dos EUA como de todo o mundo.
“O Brasil, senhor presidente [da Assembleia Geral], sabe proteger-se. Repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas”, disse. 

O Brasil faz o discurso de abertura da reunião anual desde que o embaixador Oswaldo Aranha iniciou a tradição, em 1947.

Jonas Deison (Sobral Online) Com informações do DN

Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.