A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, nesta quinta-feira (23), a Operação Litis Simulatio contra uma associação criminosa especializada no golpe do falso advogado. No Ceará, foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão. Até o fim da manhã, seis pessoas foram presas no estado, incluindo uma detida em flagrante que não era alvo do mandado. Outros 11 investigados não foram localizados e são considerados foragidos.
A ação teve apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), além das Polícias Civis do Ceará e do Rio de Janeiro.
Segundo as investigações, o grupo utilizava dados públicos de processos no Tribunal de Justiça para localizar vítimas com ações judiciais em andamento, principalmente previdenciárias, trabalhistas, precatórios e RPVs. Com essas informações, nomes completos, telefones e dados dos advogados, os criminosos se passavam pelos representantes legais das vítimas e entravam em contato por WhatsApp ou redes sociais, cobrando supostas custas e taxas processuais. Após a transferência do dinheiro, interrompiam o contato e desapareciam.
A investigação começou após uma moradora de Florianópolis afirmar ter transferido cerca de R$ 270 mil ao grupo acreditando pagar despesas de um processo judicial.
Golpe do falso advogado no Ceará
No Ceará, a OAB informou, na quarta-feira (22), que criminosos do estado continuam aplicando esse tipo de golpe e que já foram registradas mais de 1,2 mil denúncias. O Tribunal de Justiça do Ceará anunciou que, a partir de 3 de novembro, o acesso ao sistema digital de processos exigirá autenticação mais rígida para aumentar a segurança dos usuários.
Os investigados podem responder por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que, somadas, podem ultrapassar 15 anos de prisão, além de multas e perda de bens obtidos com as fraudes.
Fonte: Gcmais