Paloma, líder da “MASSA” em bairro de Fortaleza expulsa moradores e ordena mortes
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) montou uma operação que resultou na captura da mulher. A defesa da acusada não foi localizada pela reportagem
Ameaças, ordens de homicídio, tráfico de drogas e armas, além da expulsão de moradores das próprias residências. Esses são alguns dos crimes atribuídos a Veridiana Silva dos Santos, conhecida como ‘Paloma’. A reportagem teve acesso a documentos que mostram como atua a mulher, que tem uma extensa ficha criminal e foi presa no último fim de semana, enquanto visitava o esposo em uma unidade prisional na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) montou uma operação que resultou na captura de ‘Paloma’, que vinha comandando a facção criminosa ‘Massa Carcerária’, atuante no bairro Vila Peri.
Denunciada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), em 2023, por integrar organização criminosa, constam inquéritos em nome dela com denúncias de populares indicando como ela agia na região onde comandava. A reportagem não localizou o advogado de Veridiana para comentar as acusações contra ela.
Quatro homicídios, tráfico de drogas, associação para tráfico de drogas, associação ao grupo criminoso, ameaça e dano fazem parte da ficha de ‘Paloma’
Há ainda informação de que no início deste ano, enquanto ‘Paloma’ trocava de grupo criminoso, a mãe dela foi expulsa e morta.
‘OU SAI OU MORRE’
No ano passado, o MP acusou ‘Paloma’ de estar envolvida na expulsão de um morador que resultou no homicídio da vítima. Francisco Diogo Rodrigues da Silva estava em frente à própria casa, quando um homem armado chegou em uma moto já disparando.
O suspeito pela execução é Wedson da Silva de Sousa, o ‘Chicão’, companheiro de ‘Paloma’ e a quem ela visitava quando foi presa no último domingo (16).
Conforme a denúncia, a vítima e os familiares, primeiro, obedeceram à ordem, “entretanto, por não terem outro lugar para morar, decidiram voltar às suas residências no Bairro Vila Peri na noite do dia 3 de julho de 2023”. Dias depois, a vítima foi assassinada.
Paloma negou a participação no crime e disse que na época deste homicídio estava presa. No entanto, para o MP, há provas que mesmo detida na data desta execução, ela tem envolvimento com a organização criminosa e teria ordenado a morte. Quase dois meses depois, ela foi solta.