Prefeito de Pacatuba e oito secretários são presos em operação do MPCE

Na manhã desta terça-feira, 18, o prefeito de Pacatuba, o ex-deputado estadual e ex-vereador de Fortaleza, Carlomano Marques (MDB), foi preso durante a operação arquitetada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).

A operação tem como foco apurar a prática de crimes contra a administração pública em diversos municípios. Além de Carlomano, outras 22 pessoas também foram presas.

Os secretários Willames Freire Bezerra, da Secretaria da Saúde; Rosteny Cabral, da Cultura; João Filho Ângelo, secretário da Segurança Pública, Defesa Civil e Patrimonial; Fernanda Souza, do Desenvolvimento Econômico; Glauciane Rolim, secretária de Assistência Social; Cláudio Pitta, da pasta de Educação, Esporte e Juventude/Infraestrutura e Meio Ambiente; e Armando Marques, da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, formam o grupo. 

Depois da prisão, o Poder Judiciário oficializou o encerramento dos contratos realizados entre a Prefeitura do município e os investigados. 

Segundo informa o Ministério Público, ainda foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão nos municípios de Pacatuba, Caucaia, Fortaleza, Horizonte e Iguatu, sendo apreendidos cerca de R$ 400 mil e três carros de luxo durante o cumprimento dos mandados.

“A investigação apura a prática de crimes contra a administração pública e licitatórios no âmbito da Prefeitura Municipal de Pacatuba, especialmente nos anos de 2021 e 2022. Segundo a Procap, diversas unidades gestoras/secretarias faziam uso sistemático de dispensas de licitação, mediante a contratação de fornecedores, incluindo pessoas físicas, com indicativo de ausência de capacidade operacional, visando a execução de uma multiplicidade de atividades, com despesas estimadas em R$ 19 milhões”.

Nome da operação 
“Polímata” vem do grego “Polymathēs”, que significa “aquele que aprendeu muito”. Esse termo, segundo a Procap, é utilizado para designar pessoas que estudaram e aprenderam muito, compreendendo várias áreas do conhecimento humano. No caso sob investigação, os fornecedores foram contratados para a prestação de distintos serviços, o que demandaria uma multiplicidade de conhecimentos e estrutura operacional, o que não foi comprovado durante as investigações.