Professores do Estado podem entrar em greve no dia 8 de abril
Os professores da rede estadual de ensino aprovaram nessa sexta-feira, 15, o estado de greve para pressionar o Governo do Estado a debater propostas de reajuste de salário dos professores. Durante as negociações do Sindicato Apeoc, há acordo de paralisação a nível estadual com a realização de duas assembleias gerais onde será votado o indicativo de greve caso não haja manifestação do governo do Estado.
Presidente do Apeoc, Anízio Melo diz que a reivindicação está em discussão desde o fim de 2023 e que há muitas coisas para negociar. Entre as reivindicações, estão seleções públicas para professor temporário, um novo concurso público, pagamento de promoções devidas, ganho real acima da inflação e equiparação do salário dos professores temporários com o dos professor efetivo em início de carreira.
“Caso não haja representação por parte do Governo do Estado, a partir de 8 de abril nós entraremos de greve e faremos um ato no Palácio da Abolição. A Secretaria de Educação, ela tem acordo conosco em relação ao funcionamento, mas falta a garantia” disse.
Procurada, a Secretaria da Educação do Estado disse que até esta segunda-feira, 18, não havia sido “comunicada oficialmente do resultado da Assembleia realizada pela categoria no último dia 16”.
Veja agenda de ações dos professores do Estado após a assembleia
• 19/3: Dia Nacional de Luta pelo Piso Salarial, Carreira e em defesa do Ensino Médio (Mobilização Virtual);
• 20 a 22/3: Chão da Escola, Interior e Capital;
• 21/3: Ida à Assembleia Legislativa para cobrar apoio e efetivação da comissão da Reforma da Previdência;
• 26/3: Paralisação estadual com assembleia geral para avaliar negociação e votar o indicativo de greve;
• 27/3 a 03/04: Chão da Escola, Encontros Zonais e Regionais;
• 4/4: Paralisação estadual com assembleia para avaliar negociação e votar início da greve; e
• 8/4: Início da greve com ato no Palácio da Abolição;
A Secretaria de Educação do Estado informou ainda que realiza ações contínuas com a Mesa Permanente de Negociações junto ao Sindicato Apeoc para continuar dialogando sobre as ações que dizem respeito aos professores da rede estadual.
“No dia 30 de janeiro, o grupo técnico com participantes das duas instituições iniciou os cálculos relativos à repercussão financeira sobre o piso salarial, promoção, entre outros temas ligados à carreira. A Mesa de Negociação voltou a se reunir nos dias 7 e 20 de fevereiro para tratar destas pautas”, diz a nota.
A Seduc informou ainda que também aconteceram reuniões da Comissão de Operacionalização da Distribuição do Abono Fundef 1998–2006, nos dias 5 e 6 de março, para tratar sobre a distribuição da terceira parcela dos precatórios do Fundef.
“A Seduc reafirma seu compromisso em manter o diálogo aberto com a categoria, por meio da Mesa de Negociação em funcionamento, e reitera seu empenho contínuo em investir na valorização e no reconhecimento dos nossos educadores”, continua.
Fonte: O Povo