Rebelião deixa mais de 200 detentos sem "teto" em Sobral

Presos reivindicam transferência, queimaram colchões, destruíram celas e agora a justiça não tem para onde transferi-los.

A cadeia Pública de Sobral foi inaugurada em fevereiro de 2010, atendendo a uma ação civil pública, requerida pelo Ministério Público cearense em 2017. A obra que custou mais de 3 milhões aos cofres públicos, tinha capacidade para receber até 152 detentos em 33 celas. Mais agora, destruída, nem recebe e nem tem para onde transferir os mais de 200 rebelados, agora sem teto. O corpo de bombeiros foi acionado para combater o incêndio que só foi debelado depois de uma hora de combate as chamas. Todos os colchões foram destruídos pelo fogo causado pelos presos.

A diretoria da cadeia se negou a receber três presos, que chegaram conduzidos por policiais civis, na manhã dessa segunda-feira 08 de dezembro. Familiares e curiosos se aglomeram na portaria do prédio, agora cercado por policiais do Ronda, Raio e COTAR. Uma equipe de oito homens chegou no local num helicíptero do CIOPAER, por volta das 13h. O motim já estava controlado, segundo o Coronel Lindonjonhson, comandante do 3º BPM de Sobral.

Sem ter para onde transferir os mais de 200 detentos, a cadeia Pública de Sobral agora terá que passar por uma reforma. Com a estrutura comprometida, há sérios riscos de acontecerem brigas entre os grupos rivais existentes dentro do prédio. Todas as celas tiveram suas grades arrancadas pelos detentos durante a rebelião. Mesmo controlado, segundo o Coronel, o clima é tenso no interior da cadeia, segundo um policial militar que participa da operação.
Com Informações de Wellington Macedo

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