Rede 'cearense' Pague Menos mira EUA em investida fora do País
Prestes a entrar na Bolsa de Valores – “no segundo semestre do ano que vem, quando definirem como vai ser a política econômica do Brasil” – e ostentando um crescimento anual de 18% a partir de um faturamento de R$ 4 bilhões este ano, a rede Pague Menos já sabe por onde começar quando o assunto é o mercado internacional. O país é os Estados Unidos, como sinalizou o presidente da maior rede de farmácias do Brasil, Deusmar Queirós, enquanto anunciava uma parceria com a IBM cujo resultado deve prepará-lo mais para atuar no mercado externo.
“Eu não penso América Latina porque quatro pobres não viram um rico. Você tem que ir para os Estados Unidos, que tem consumidor, tem dinheiro, tem prédio barato porque tá havendo crise. Não tem que ficar aqui…Uruguai, Paraguai, Peru… Não adianta ficar aqui, não. Talvez o México”, analisa.
Cidades de maior interesse
No entanto, ele não abre mão de ir aos EUA, onde acredita que, se passar dois anos nas cidades de “Miami, altamente latina; Nova York, cosmopolita; e Boston, o berço da civilização americana”, vai saber se vale a pena ou não investir lá.
“Se sei fazer (negócios) no Ceará e sei fazer em São Paulo porque não sei fazer em Nova York?”, provoca ao mesmo tempo que lembra do crédito a 3% oferecido nos Estados Unidos enquanto no Brasil as tomadas estão entre 10% e 12%.
Preparação
Entre as ações que Deusmar executa para aumentar a expertise no mercado, a mais nova diz respeito a uma parceria firmada ontem com a IBM. Pelo contrato de valor não revelado, a gigante da informática irá estruturar o serviço das farmácias para desenvolver a relação com os clientes. “São projetos inéditos no Brasil, como o anjo da guarda. Ele confere a interação medicamentosa entre os remédios comprados, pergunta se é para o uso do cliente e, se for, alerta sobre o efeito do uso concomitante com outro da lista e pede para ele consultar o médico”, explica.