Santa Casa de Sobral é selecionada para participar de estudo da Fiocruz

Sendo o hospital que mais realiza partos por ano no interior do Ceará, a Santa Casa de Misericórdia de Sobral foi selecionada para participar do estudo “Nascer no Brasil II: inquérito nacional sobre perdas fetais, partos e nascimentos”. Nos dias 5 e 6 de julho, pesquisadoras estiveram visitando e conhecendo a rotina do Bloco Obstétrico e dos serviços de Neonatologia e Núcleo Hospitalar de Epidemiologia. Durante reunião com os diretores da Santa Casa, a supervisora estadual da Pesquisa Fernanda Fontenele apresentou o estudo, que deve acompanhar mulheres que ingressarem no sistema de saúde para o parto ou por perda fetal precoce, e destacou a importância da pesquisa para a reformulação das políticas públicas no Brasil.

“No Ceará foram escolhidas por meio de sorteio, 12 maternidades. Dentre elas, a Santa Casa de Sobral. Estamos acompanhando o processo de implantação da pesquisa na unidade. Nesta primeira etapa do estudo duas enfermeiras que participam da pesquisa estarão na Santa Casa coletando o prontuário das mulheres após triagem das coordenações de Obstetrícia e Neonatologia. Serão cerca de 30 dias de coleta de dados e, posteriormente, entrevista com as mulheres habilitadas para o estudo”, explicou Fernanda Fontenele.

A pesquisa está sendo desenvolvida pelo grupo de pesquisa Saúde da mulher, da criança e do adolescente, sob coordenação-geral da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde e tem como intuito analisar a evolução da atenção ao parto e nascimento em maternidades públicas e privadas do país. Além do estudo principal sobre perdas fetais, partos e nascimentos outros temas como morbimortalidade materna e perinatal, Covid-19 na gestação e transtornos emocionais paternos serão investigados.

Nascer no Brasil II

O “Nascer no Brasil II” apresenta diversos objetivos, incluindo estimar a prevalência de agravos e fatores de risco durante a gestação, avaliar a assistência pré-natal, ao parto e às perdas fetais, e verificar a ocorrência de desfechos maternos e perinatais negativos e seus fatores associados. O estudo será realizado em três etapas: uma hospitalar, durante a internação para o parto ou perda fetal precoce, e duas etapas telefônicas, a primeira realizada no período de 45 a 60 após o parto ou perda fetal, e a segunda quatro meses após o parto ou perda fetal.

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