Sobral é a 12ª cidade mais violenta do Brasil, aponta Anuário de Segurança Pública
Um dado alarmante acende o sinal vermelho para a segurança pública de Sobral. Segundo a nova edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada nesta quinta-feira (24/7), o município ocupa a 12ª posição entre as cidades mais violentas do Brasil, com uma taxa de 59,9 homicídios por 100 mil habitantes.
O levantamento é feito com base nos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), que incluem homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios.
Sobral aparece ao lado de outros quatro municípios cearenses entre os 20 mais violentos do país: Maranguape (1º), Caucaia (8º), Maracanaú (9º) e Itapipoca (11º) — todos localizados na Região Metropolitana de Fortaleza, com exceção de Sobral, que é polo da Zona Norte.
A escalada da violência
A presença de Sobral no ranking nacional é um duro golpe na imagem de cidade desenvolvida e referência em áreas como educação, gestão pública e saúde. A violência urbana tem crescido de forma preocupante nos últimos anos, refletindo disputas entre facções criminosas, aumento do tráfico de drogas e falta de presença efetiva das forças de segurança em áreas críticas.
A taxa de 59,9 homicídios por 100 mil habitantes coloca Sobral acima da média de muitos estados brasileiros inteiros, um dado que exige atenção imediata por parte do poder público.
Governo do Estado reage
Em resposta aos dados, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Governo do Ceará informou que, apesar da gravidade, houve redução de 17,9% nos CVLIs na Região Metropolitana de Fortaleza no primeiro semestre de 2025, em relação a 2024. Em Maranguape, por exemplo, os homicídios caíram de 55 para 39 no mesmo período.
No entanto, não foram apresentados dados específicos sobre Sobral, o que aumenta ainda mais a preocupação da população e das lideranças locais quanto à ausência de ações diretas e visíveis na cidade.
O silêncio que incomoda
Até o momento, nenhuma nota oficial foi divulgada pela Prefeitura de Sobral sobre os dados revelados pelo Anuário. A omissão diante de um tema tão sensível como a segurança pública causa inquietação na sociedade, que cobra mais presença do poder municipal e ações concretas para enfrentar a criminalidade.
A população sobralense espera medidas urgentes, que envolvam desde reforço no policiamento, políticas públicas voltadas à juventude, ações sociais em comunidades vulneráveis e valorização da Guarda Civil Municipal, até parcerias eficazes com o Governo do Estado e o Judiciário.
A 12ª posição de Sobral em um ranking nacional de violência não pode ser tratada como um dado estatístico isolado. É um chamado à ação imediata para que a cidade retome o caminho da paz, da convivência segura e do desenvolvimento com dignidade.
Informações: Rubens Lima
