27 veículos são roubados por dia no Ceará

Após rápida abordagem, a terapeuta ocupacional Carolina Memória, 34, teve o carro roubado, no Bairro de Fátima, em Fortaleza. Depois de estacionar na rua Doutor Costa Araújo, nas proximidades da Praça Argentino Castelo Branco, ela foi rendida por dois homens, supostamente armados. A dupla tomou as chaves de Carolina e fugiu, com a ajuda de um comparsa, que guiava outro veículo. “A sensação que tive foi que eles estavam convictos da impunidade, pela forma tranquila como agiram”, relembra.
O assalto, ocorrido no último dia 10 de novembro, reflete o quadro de violência que se agravou em 2016. De janeiro a outubro, 8.337 veículos foram roubados no Estado. Uma média de 27 casos por dia. O crescimento foi de 6% com relação ao mesmo período de 2015, quando 7.881 automóveis, motocicletas, ônibus e caminhões foram tomados de assalto. Fortaleza concentrou 63,1% (6.066) das ocorrências deste ano.
O carro de Carolina, Fiat Gran Siena (2015), reapareceu na última quinta-feira, 1º, em Itapipoca, a 147,3 Km da Capital. Já o trabalhador autônomo Isaías Fernandes da Silva, 50, não teve a mesma sorte. Há três meses, ele teve o carro, modelo Volkswagen Gol (1997), levado da rua Padre Matos Serra, também no Bairro de Fátima. O veículo não foi recuperado. “Além do carro, levaram meu material de trabalho. Como não tinha seguro, tive que comprar outro carro, por nota promissória”, conta.
Investigação
Apesar do número de ocorrências, informado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC), Fernando Cavalcante, minimizou a situação e afirmou que a Polícia Civil está “indo bem”. Ele justifica que muitos suspeitos de roubo foram presos e aponta como problemas a “grande quantidade de criminosos e veículos nas ruas”.
“Só posso afirmar que recuperamos muitos carros. Cerca de 70% (incluindo os encontrados abandonados). E que em alguns casos ocorre a comunicação falsa de crime”. Ele explica que algumas pessoas vendem o veículo, mas os compradores não os transferem para si, o que leva os vendedores a registrar B.O. Já a SSPDS informou que o número de veículos recuperados é impreciso, motivo pelo qual não fornece os dados.
Com Informações do DN
 

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