Ao menos 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Ceará desde janeiro
Ao menos 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Ceará de janeiro até o dia 13 de junho de 2023, segundo dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.
A vítima mais recente foi Francisca Patrícia Soares, de 27 anos, que estava grávida de cinco meses e foi morta em uma residência no Bairro Potira, no município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, na madrugada de terça-feira. O principal suspeito do crime é o companheiro dela, que está foragido.
O número de mulheres assassinadas este ano no contexto de feminicídio já ultrapassa a quantidade registrada em todo o primeiro semestre de 2022 no Estado, quando 14 foram mortas no período. Ao todo, ano passado registrou 28 vítimas de assassinatos.
A maioria dos feminicídios no estado este ano ocorreram nas cidades do interior, onde ocorreram 13 casos. Outros dois aconteceram em cidades da Região Metropolitana e dois em Fortaleza.
Janeiro foi o mês mais violento do período, com 7 mulheres mortas em 23 dias do ano, quase um crime a cada três dias.
Somente no dia 23 de janeiro ocorreram dois feminicídios, ambos na cidade de Iguatu. Na ocasião, um homem de 60 anos matou a tiros a ex-companheira, de 47 anos, e a amante, de 44 anos. O suspeito ainda lesionou um ex-sócio, que foi socorrido. Após o crime, o suspeito foi preso.
Na maior parte do crime os suspeitos usaram arma de fogo para matar as vítimas. Outro recurso utilizado foi a arma branca.
A vítima mais jovem de feminicídio no Ceará é uma adolescente de 14 anos, morta a tiros na cidade de Cascavel, no dia 22 de abril.
O corpo da vítima, que não teve a identidade informada, foi encontrado em via pública, no Bairro Mutirão.
As outras vítimas tinha entre 25 e 62 anos. Entre elas está a vereadora Yanny Brena Alencar, de 26 anos, encontrada morta ao lado do namorado em março deste ano, na cidade de Juazeiro do Norte.
O laudo da Polícia Civil constatou que a então presidente da Câmara Municipal sofreu um golpe conhecido como “mata leão” do namorado, Rickson Pinto. Em seguida, ele levou a vereadora para a sala do imóvel, onde ela foi colocada em “suspensão incompleta”. A vítima ficou pendurada e amarrada por um objeto.
Em depoimento à polícia, uma das amigas de Yanny Brena afirmou que ela já tinha expressado que não queria continuar pagando as despesas de Rickson Pinto e queria terminar o relacionamento.
Fonte: G1 CE
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