Bancada da bala defende que porte de arma é solução para evitar tragédias

massacre na escola em Suzano, na Grande São Paulo, que deixou 10 mortos e 11 feridos reacendeu a polêmica, na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (14), sobre o porte e a posse de armas. Deputados estaduais defenderam a liberação de acesso às armas como saída para evitar tragédias, mas houve também quem se manifestasse contra a proposta. 

Integrante da bancada da bala, o deputado Vitor Valim (PROS) destacou o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que flexibiliza a posse de arma, e se disse favorável a que a população “ande armada”.

“Eu sou daqueles que pregam que a população ande armada. Sou a favor do cidadão de bem ter o direito ou não de ter sua arma dentro de casa e, recentemente, o decreto que entrou em vigor, do presidente Bolsonaro, deu o direito, desburocratizou para que o cidadão tenha a posse”, citou.

Já para o deputado Osmar Baquit (PDT), armar a população não seria solução para resolver a questão da Segurança. Ele cobrou fiscalização no acesso às armas de fogo. “Quem anda armado é mais fácil de morrer do que quem anda desarmado. Porque você, com uma arma, a tendência é reagir, e aquele bandido nunca vai estar só”, argumentou.

O deputado Manoel Duca (PDT), que está no exercício da suplência, rebateu o pedetista e criticou o Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003. “Eu não posso, deputado Osmar, admitir que o cidadão de bem não possa se defender. Permita que o cidadão se defenda”, pediu. 

Caso Marielle

No dia em que o assassinato da ex-vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes completa um ano, o deputado Renato Roseno (PSOL) também relembrou, na sessão desta quinta, a trajetória da correligionária. Ele cobrou a conclusão das investigações sobre o caso.

“Nós precisamos saber quem mandou matar Marielle, porque esse crime foi um crime não só contra ela e sua família, e seus amigos, e o nosso partido. Foi um crime contra a democracia brasileira. Foi um crime contra a sociedade brasileira. Executaram politicamente uma mulher, uma liderança jovem, negra e lésbica, da favela”, lamentou. 

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