Ciro Gomes resume discurso a "Ele Não" em retorno de viagem

Depois de duas semanas fora do Brasil, Ciro Gomes (PDT) retornou ontem à noite a Fortaleza. Na chegada, foi recebido com festa por simpatizantes que lotaram o desembarque do aeroporto Pinto Martins por volta das 22h40min.
A expectativa do PT era que o candidato terceiro colocado no primeiro turno da disputa presidencial se posicionasse de forma mais incisiva a favor de Fernando Haddad (PT) na eleição de amanhã, o que não ocorreu.
 
No empurra-empurra, Ciro acabou não falando com a imprensa. Ao lado de aliados, gritou “Ele Não” em referência à campanha contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).
 
No mesmo dia, em viagem a Salvador, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse que sua candidatura “vai ganhar uns três ou quatro pontos com o apoio do Ciro”, em referência a um vídeo que o candidato do PDT Ciro Gomes, derrotado no primeiro turno da corrida presidencial, poderia gravar declarando apoio ao petista na reta final do segundo turno.
 
Após a imprensa noticiar que Carlos Lupi, presidente do PDT nacional, havia afirmado que o vídeo seria produzido, o dirigente negou ontem a afirmação.
 
Entre deputados, vereadores e lideranças ligadas ao ex-ministro presentes no ato, também foram registradas as presenças dos irmãos Cid e Ivo Gomes. Apesar da insistência, nenhum dos dois quis falar com a imprensa. “Sou só um militante”, resumiu o prefeito de Sobral. Cid, por outro lado, não respondeu às perguntas sobre a gravação de um possível vídeo de Ciro em apoio a Haddad. “Perguntem ao Lupi”, respondeu.
 
Antes das 20 horas de ontem, no aeroporto Pinto Martins, simpatizantes de Ciro Gomes já se organizavam próximos ao portão de desembarque. A notícia do atraso do voo em mais de uma hora não murchou o ato organizado pelo partido.
 
Ao som de tambores e gritos de guerra, o grupo de eleitores do cearense no primeiro turno da eleição presidencial pediu uma nova candidatura ao Palácio do Planalto do ex-ministro em 2022. “Brasil urgente, Ciro presidente”, dizia em coro o grupo que só cresceu ao longo da espera da chegada de Ciro à Capital cearense.
 
Reunido às lideranças locais do PDT, o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, chegou cedo ao aeroporto. O dirigente voltou a defender a candidatura do ex-governador para daqui a quatro anos e disse que o não engajamento de Ciro na campanha de Fernando Haddad (PT) já havia sido anunciada desde o dia dez deste mês.
 
“Nós já demos o apoio crítico. Ele foi descansar um pouco porque é filho de Deus. Ele fez o que tem que fazer”, disse o ex-ministro.
 
Para Lupi, uma nova candidatura presidencial é “um desejo conjunto”, do partido e de Ciro. “Ele está otimista. Acha que tem que correr o Brasil mesmo”, declarou. A estratégia do partido é lançar mais uma vez o nome do cearense para a quarta corrida à Presidência da República.
 
Agora, pontuou Lupi, o trabalho será antecipado para a reconstrução do nome do ex-governador. “Ele mobilizou muita juventude. É começar a reconstruir ele município por município, estado por estado”.
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milhões foram os votos que Ciro Gomes conseguiu no 1° turno da eleição presidencial

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