Conta de luz pode ficar até 56% mais cara; Aneel abriu consulta pública para reajuste

Desde 2015 existe o sistema de bandeiras tarifárias no Brasil. Ele foi criado com o objetivo de sinalizar os consumidores sobre a geração mais cara de energia nos momentos de escassez hídrica

Foi aberta uma consulta pública para reajustar os valores das bandeiras tarifárias, cobranças extras, feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), podendo fazer a conta de luz ficar bem mais cara. O reajuste é feito anualmente, sem exceções.

Desde 2015 existe o sistema de bandeiras tarifárias no Brasil. Ele foi criado com o objetivo de sinalizar os consumidores sobre a geração mais cara de energia nos momentos de escassez hídrica, tentando inibir o consumo nesse momento, e para gerar recursos extras, a fim de bancar a compra de energia oriunda de termelétricas, que tem um valor bem mais elevado.

A sugestão proposta é que as bandeiras amarela e vermelha patamar 1 vão aumentem 56% e 57%, respectivamente. Já a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara, teria redução de 1,7%. A partir de 14 de abril até 4 de maio a consulta pública da Aneel vai estar disponível. No período, os índices podem mudar. Ao fim da consulta, a agência voltará a se manifestar sobre o assunto.

Se a proposta for aprovada, a conta de luz vai ficar mais cara. Confira os valores:

Bandeira verde: continua sem cobrança adicional;
Bandeira amarela: aumento de R$ 1,874 para R$ 2,927 a cada 100 kWh consumidos (+ 56%);
Bandeira vermelha patamar 1: aumento de R$ 3,971 para R$ 6,237 a cada 100 kWh consumidos (+ 57%);
Bandeira vermelha patamar 2: redução de R$ 9,492 para R$ 9,330 a cada 100 kWh consumidos (-1,7%).

Sem conta de luz mais cara até o fim de 2022

De acordo com a Aneel, as chances de a bandeira verde vigorar até o fim deste ano são de 97% – mesma previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). E o governo federal já anunciou que o país adotará a “bandeira verde” na cobrança de luz a partir do próximo sábado, 16 de abril.

Quando anunciada, a previsão era de que a atual permanecesse em vigor até 30 de abril deste ano, mas o governo decidiu antecipar a mudança da tarifa.

Atualmente, o país adota a bandeira de “escassez hídrica”, em vigência desde agosto do ano passado, que acrescenta custo de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Informações: GCMais