Corte de recursos no Sesc e Senac pode comprometer projetos, diz Fecomércio
Projeto de lei vai votar o remanejamento de 5% do orçamento do Sesc e do Senac para financiar a Embratur
Um projeto de lei que visa realocar 5% dos recursos do Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) para financiar a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) pode comprometer o planejamento dos órgãos.
Segundo o superintende do Sistema Fecomércio, Henrique Javi, todos os recursos dos órgãos são utilizados por obrigação e existem projetos do Sesc e Senac em processo de construção, como escolas, centro cultural e outros órgãos, que podem ser afetados com esse remanejamento.
“Esses projetos podem sofrer abalos no planejamento. A orientação do presidente Luís Gastão é de a gente fazer todos os esforços e apertar de todo jeito, mas não mexer no nosso planejamento estratégico”, disse.
Ainda de acordo com Henrique, esse orçamento é revisitado duas vezes por ano, tanto podendo ser adicionados a eles por conta de novos projetos que possam surgir, como também para enfrentar se houver qualquer redução em projetos que possa se ter em cooperação com o Nacional. Os dois órgãos contam com cerca de três mil funcionários no Ceará.
Defensores do Sesc e do Senac se reuniram em todo o Brasil para se manifestarem contra o realocamento destes recursos. Em Fortaleza, cerca de três mil pessoas entre colaboradores do Sistema Comércio, alunos, professores, lideranças comunitárias e a sociedade em geral participaram do ato, realizado no Mercado dos Pinhões.
Na ocasião também foram coletadas assinaturas para o abaixo-assinado contra o remanejamento de 5% dos recursos do Sesc e do Senac para a Embratur, documento que já conta com 500 mil adesões.
O PLV 09/2023 será votado nesta quarta-feira, 17, no Senado Federal. O presidente do Fecomércio, Luiz Gastão Bittencourt, explicou como será a tramitação: “ganhando no Senado essa matéria volta para a Câmara, e aí sim, na Câmara vamos poder fazer o que não fizemos no primeiro momento, que é votar a matéria negando a retirada dos recursos do Sistema S”, disse.
Fonte: O Povo