Paciente em cuidados paliativos realiza último sonho e se casa em hospital do Ceará

Um paciente em cuidados paliativos por conta de um câncer no abdômen realizou o sonho e casou com a companheira em uma cerimônia celebrada nesta segunda-feira (2), no Hospital Geral de Fortaleza, onde está internado desde o dia 11 de setembro.

Na presença de familiares e da equipe médica, Deusdedith Gomes, de 64 anos, e Lucinete Vieira, de 62 anos, receberam as bênçãos nas esferas civil e religiosa da juíza de paz Toia Vasconcelos e do padre Alex Ludo Hulsmans, da Paróquia São José.

O casal, que está junto há sete anos, teve a cerimônia realizada no hall da enfermaria pós-cirúrgica do HGF.

“Foi um pedido surpresa depois de ele conversar com a equipe. Mas, quando é amor, a gente aceita. Só tenho gratidão por toda a ajuda que recebemos aqui no HGF. Agora quero levar ele para casa bem, se Deus quiser”, disse Lucinete, agora oficialmente esposa de Deusdedith.

Desejo do paciente  

Cerimônia de paciente em cuidados paliativos foi realizada no hall da enfermaria pós-cirúrgica do HGF, em Fortaleza. — Foto: Felipe Martins/ HGF/ Divulgação

Segundo a coordenadora de do serviço de Cuidados Paliativos (CP), a médica Raisa Carvalho, o desejo de oficializar o casamento partiu de um pedido Deusdedith para a equipe médica.

“Foi uma das questões trazidas pelo paciente, de como ele gostaria de ser cuidado. Então providenciamos um casamento simples, mas rodeado de muitas pessoas queridas e de muito amor”, disse a médica Raisa Carvalho.

A preparação do casamento contou com o suporte de profissionais do serviço de Cuidados Paliativos (CP) e da enfermaria pós-cirúrgica da Emergência, onde o paciente se encontra internado.

Equipe de Cuidados Paliativos do HGF organizou casamento para atender pedido do paciente. — Foto: Felipe Martins/ HGF/ Divulgação

A assistência da equipe multiprofissional de Cuidados Paliativos consiste em proporcionar qualidade de vida a pacientes e familiares diante de uma doença que ameaça a vida.

“As pessoas costumam falar de preparação para a morte, mas nós tratamos da vida. Nosso trabalho vai além do controle de sintomas. Nós acompanhamos todo o cuidado com o paciente, valorizando sempre a dignidade e as virtudes dele”, reforçou Raisa.

Fonte: G1 CE