Paulo Gustavo morreu no dia em que ‘Minha Mãe é uma Peça’ fez 15 anos de estreia no teatro
A data era 4 de maio de 2006. Em uma quinta-feira fria e nublada no Rio de Janeiro, estreava no teatro “Minha Mãe é uma Peça”, produção inspirada na mãe do ator e humorista Paulo Gustavo, e que o levou ao estrelato.
Coincidência ou não, assim que o monólogo completou 15 anos, na última terça-feira (4), o artista que interpretava a protagonista, Dona Hermínia, morreu devido a complicações da Covid-19. As informações são do jornais O Globo e Folha de São Paulo.
O espetáculo era dirigido por João Fonseca, e as pessoas o viram pela primeira vez no Teatro Candido Mendes, localizado no bairro Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O local tem capacidade para 120 pessoas.
GOSTO POPULAR
“O monólogo cômico é estrelado por Dona Herminia, uma mulher de meia idade aposentada e divorciada, cuja maior preocupação é justamente buscar algo com o que se preocupar”, explicou a sinopse que foi publicada em uma nota da revista Rio Show, dojornal O Globo.
Anos depois de já ter caído no gosto popular, o espetáculo da desbocada dona de casa que não larga o pé dos filhos – que já são bem grandinhos, por sinal – foi para as telonas, e se tornou um dos grandes marcos do cinema nacional.
SUCESSO DE BILHETERIA
No teatro, Dona Hermínia (Paulo Gustavo) levou mais de 2 milhões de espectadores. Já nos cinemas do Brasil, foram 15 milhões de espectadores, com os filmes “Minha Mãe é uma Peça” e “Minha Mãe é uma Peça 2”.
Na sequência, veio o terceiro filme da franquia: “Minha Mãe é uma Peça 3” teve a maior arrecadação da história do cinema nacional. Ao todo, foram R$ 182 milhões de bilheteria. A trilogia vendeu mais de 26 milhões de ingressos entre 2013 e 2020.
CRIAÇÃO DE PERSONAGENS
Em entrevista ao F5, do jornal Folha de São Paulo, em 2020, Paulo Gustavo afirmou que o processo de criação de personagens começou ainda na infância, quando ele imitava suas parentes nas festas de família.
“Ela ganhou o carinho de muita gente. Quando olho como roupas dela, isso mexe comigo, é como se eu a tratasse como algo meio sagrado para mim, sabe? Essa personagem mudou minha vida para sempre. Nunca imaginei que o que eu escrevia fosse essa repercussão dessas”, disse.
Fonte: Diário do Nordeste