Policial militar é preso pela 2ª vez em operação da PF sobre atos golpistas de 8 de janeiro

Flávio Alencar era chefe interino do batalhão responsável pela segurança da Esplanada e já havia sido preso em fevereiro

Após colher novas provas, a Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (23) pela segunda vez o major Flávio Silvestre de Alencar, na operação Lesa Pátria, sobre o 8 de janeiro. O oficial respondia pelo batalhão da Esplanada dos Ministérios durante os ataques.

A polícia encontrou no celular do major mensagens que teriam sido enviadas em grupos de oficiais da Polícia Militar (PM). Nos textos, ele afirma que, em caso de manifestações na Esplanada dos Ministérios, a PM deveria liberar as invasões aos prédios. As mensagens fundamentaram o novo pedido de prisão.

Flávio Alencar já havia sido preso na 5ª fase da apuração acusado de dar ordem de recuo aos policiais que estavam exatamente no ponto da via que permitia acesso ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi invadido.

O major estava lotado no 6º Batalhão, responsável pela Esplanada dos Ministérios. Em depoimento, ele afirmou que foi convocado para trabalhar na véspera da manifestação, às 18h de sábado, 7 de janeiro, sem a “formalização da escala de serviço”.

A operação investiga suposta omissão ou conivência de autoridades nos atos criminosos que depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Além da prisão preventiva do major, a PF cumpre quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Ação contra invasores

Imagens de câmeras do STF registraram o momento em que o oficial desceu de uma viatura e orientou policiais militares, posicionados na via lateral do Congresso, a saírem da área, deixando o caminho livre para a entrada na Corte.

Em depoimento à PF, o militar alegou que solicitou a mudança quando soube que policiais estavam feridos, entre eles o então comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira.

Fonte:  CNN Brasil

 

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