Policial penal é suspeito de acumular cargo público com função de enfermeiro no Interior do Ceará

O servidor já era investigado por faltar ao trabalho em um presídio para cursar uma faculdade fora do Estado. O policial penal negou "qualquer ilegalidade na trajetória profissional".

 Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) abriu uma investigação administrativa contra um policial penal estadual, suspeito de acumular o cargo público com a função de enfermeiro da Prefeitura Municipal de Mombaça, no Interior do Estado. O servidor já era investigado por faltar ao trabalho em um presídio para cursar uma faculdade fora do Ceará.

Uma portaria, sobre a instauração do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o policial penal Cícero Anísio Rocha Ferreira, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (16).

Procurado pela reportagem, o servidor negou “qualquer ilegalidade” na trajetória profissional dele. Afirmou ainda ter prestado “alguns dias de serviço profissional de enfermagem em uma unidade hospitalar da cidade de Mombaça nos dias que estava de legítima folga, portanto sem prejuízo para as minhas atividades de policial penal e sem prejuízo algum para o erário”.

A CGD recebeu informações que o policial penal exerceu função remunerada junto à Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Mombaça, no período entre e 1º de junho de 2020 e 30 de abril de 2021, quando ocupava a posição de diretor do Hospital e Sanatório Penal Professor Otávio Lobo (HSPPOL), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O servidor foi nomeado para o cargo de direção em 4 de setembro de 2020.

“Para abrir a investigação, a Controladoria considerou que a acumulação de cargos colide com os ditames da Constituição Federal de 1988 e da Constituição do Estado do Ceará de 1989 e se configura como falta disciplinar”.

Ao comentar o caso, a Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP) informou que “respeita e é colaboradora dos trabalhos desempenhados pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança”.

Cícero Anísio Rocha também disse estimar e respeitar a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança (CGD) e que levará “argumentações e comprovações para que tudo seja esclarecido da forma mais transparente e legal”.

 

Fonte: Diário do Nordeste

 

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