Réveillon de Fortaleza reúne 700 mil pessoas em clima de festa

O Aterro da Praia de Iracema, no fim da tarde do último dia do ano de 2013, se transformou em pequenos acampamentos, montados a muitas mãos, famílias inteiras e sorrisos para ver 2014 chegar. Até depois do espigão da rua João Cordeiro, dezenas de famílias faziam da areia a varanda de casa. Já no final do Aterro, até os canos das obras de drenagem da Praia serviam de bancos. A estátua de Iracema também estava rodeada de famílias, que alugavam uma mesa plástica por R$ 60 e podiam comprar comida próximo, na praça de alimentação montada na avenida Beira Mar.
Segurança, vista privilegiada dos fogos e tranquilidade em meio às mais de um milhão de pessoas que estiveram ontem no Réveillon de Fortaleza. De acordo com as famílias que optaram por fazer do Aterro a extensão de casa, esses foram os principais motivos da escolha pela acomodação longe da multidão. 

A molecagem das coleguinhas Simone e Simária empolgou, o carisma de Paula Fernandes encantou e os clássicos d’Os Paralamas do Sucesso garantiram a nostalgia da última noite de 2013, mas foi o forró descontraído de Wesley Safadão e da banda Garota Safada que deixou em polvorosa quem escolheu o Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza, para ver nascer 2014.
Foram 700 mil pessoas, segundo o Batalhão de Policiamento de Eventos. Um minuto dos 16 minutos de queima das 17 toneladas de fogos de artifício não contou com acompanhamento sonoro por problemas no maquinário.
O público era majoritariamente jovem e teve certa dificuldade para chegar ao Aterro. Muito carro na rua e pouca paciência ao volante, num fluxo orientado por 146 agentes de trânsito da Prefeitura. A dispersão, porém, aconteceu de forma mais tranquila. Muita gente deixou a praia logo após a queima de fogos, ainda no comecinho da apresentação de Wesley. 
Segundo a Polícia Militar, até logo depois da virada, quando a noite de Réveillon historicamente registra o pico de público, nenhuma ocorrência alarmante havia sido registrada no Aterro e terminais de ônibus. Novecentos e seis PMs foram escalados para atuarem na festa e nos pontos de integração. Nas seis horas em que permaneceu na praia, O POVO constatou o policiamento ostensivo e não evidenciou nenhum caso de violência.
Os dois postos médicos avançados montados ao lado do palco também não registraram ocorrências graves. 
Sem vaias
Presentes à festa com suas esposas e filhos, o prefeito Roberto Cláudio e o governador Cid Gomes não subiram ao palco para a tradicional saudação ao público nem participaram da contagem regressiva. Os nomes deles sequer foram citados pelo cerimonial do evento.
A vaia coletiva programada em redes sociais para Roberto Cláudio durante a virada também não aconteceu.

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