Suspeito de matar homem após ser chamado de ‘pirangueiro’ deve ir a júri popular

Conforme a investigação, a vítima estava em um balneário e teria sido morta após ter dito à família "chegaram os pirangueiros, vamos sair fora".

Um homem identificado como Watile Pereira Gomes, vulgo “Batata”, vai ser julgado pelo Tribunal do Júri pelo homicídio qualificado de um operador de retroescavadeira que o teria chamado de “pirangueiro”, conforme as investigações. O crime ocorreu em 11 de julho de 2021, em Fortaleza. A decisão de levar o caso ao júri popular foi tomada no dia 17 de abril de 2024, e publicada oficialmente no dia 30.

De acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), a vítima, Glauber da Silva Araújo, estava saindo de um balneário no bairro Canindezinho, por volta das 15h55, com sua esposa e dois filhos, quando dois homens de moto foram até eles e o garupeiro, portando uma arma de fogo, atirou contra Glauber.

Conforme a investigação e a denúncia do MP, momentos antes do crime Glauber estava com a família no balneário e teria visto os dois homens de moto chegando. Neste momento, ele teria dito “vixe, chegaram os pirangueiros, vamos sair fora”, o que teria sido o motivo do homicídio.

De acordo com a investigação, em um primeiro depoimento a esposa da vítima reconheceu Watile como a pessoa a qual seu marido se referiu quando usou a palavra “pirangueiros”, e também o reconheceu como o autor dos disparos. Porém, em um segundo depoimento, ela se contradisse e negou o que havia afirmado antes.

Em depoimento à Polícia, Watile negou que envolvimento com o crime. Ele confirmou que esteve no mesmo balneário que a vítima, mas afirmou que saiu mais cedo e que no horário do crime estava na casa de amigos assistindo a um jogo e teria ficado lá até as 18 horas. Porém, a investigação aponta que o jogo ao qual o suspeito se refere só começou por volta das 20 horas.

Agora, Watile vai ser julgado pelo crime de homicídio com o agravante de motivo fútil, já que a motivação teria sido um comentário depreciativo – e impossibilidade de defesa da vítima, uma vez que ela estaria desarmada.

Ainda não há data para o julgamento e a defesa do réu ainda pode recorrer da decisão de levá-lo a júri.

Fonte: G1 CE

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.