Vamos apresentar provas de que Aécio venceu as eleições de 2014, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira, 20, que vai apresentar, na próxima semana, provas de que houve fraude no segundo turno das eleições de 2014, quando Aécio Neves (PSDB) perdeu a disputa para Dilma Rousseff (PT). “Vamos apresentar uma fraude em 2014, do segundo turno de 2014, onde, segundo as pessoas que trabalharam em cima disso, o Aécio Neves ganhou as eleições. Isso vai ser comprovado e qualquer pessoa vai notar essa realidade”, disse. Apesar de à época ter pedido a recontagem dos votos, Neves atualmente descarta que houve irregularidades no processo eleitoral de 2014. Segundo Bolsonaro, a fraude foi comprovada por um “hacker do bem” e a apresentação deverá levar uma hora. O presidente também afirmou que vai encaminhar os resultados para o Tributal Superior Eleitoral (TSE). “Queremos eleições limpas. Eu passo a faixa para quem ganhar as eleições de forma transparente.”

Bolsonaro voltou a falar em fraude na urna eletrônica ao defender o voto impresso. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente afirmou que a instauração do voto auditável “pode morrer” após a troca de lideranças na comissão que estuda a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema. O presidente disse que os partidos mudaram parlamentares favoráveis ao voto impresso após pressão do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. “É lamentável o que o ministro Barroso está fazendo para manter o sistema de votação atual para o ano que vem”, afirmou. Os debates no Congresso serão retomados apenas em agosto, após o fim do recesso parlamentar. A medida deve ser aprovada ainda neste ano para ter validade no pleito de 2022. O presidente ainda disse que a disputa no ano que vem ficará entre ele e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “A terceira via não vai dar certo, não vai agregar, não vai atrair a simpatia da população.”

Bolsonaro também disse que está disposto a se reunir com os membros dos outros Poderes. Um encontro com os presidentes do Superior Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estava previsto para a última quarta-feira, 14, mas foi cancelado após a internação do presidente para tratar de um quadro de subclosão intestinal. Segundo Bolsonaro, “não é fácil” manter a harmonia entre todos. “Cada Poder tem que saber o seu limite. Eu tenho limites.  Por que o Judiciário não pode ter limite? E a mesma coisa no tocante ao Legislativo”, afirmou.

Informações: Jovem Pan

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