Vereador bolsonarista pede ao STF prisão de Ciro e Freixo

O vereador da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira (PRTB-MG), enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime em que pede a prisão do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), do deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) e do empresário Marcello Tamaro Yamaguchi Guedes. O assunto está entre os mais comentados nas redes sociais. A ação do parlamentar toma como base a decisão da Corte de manter preso o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), autor de ameaças a ministros e ao Estado Democrático de Direito em vídeo publicado no Youtube.

Segundo o parlamentar mineiro, tanto Ciro, como Freixo e Tamaro ameaçaram a vida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que se enquadraria em crime pelo que prevê a Lei de Segurança Nacional, utilizada para embasar a prisão de Silveira. Assim, Nikolas quer que esse entendimento seja estendido aos três nomes, garantindo também a prisão em flagrante, tendo em vista que as supostas ameaças ainda se encontram na Internet.

 

O vereador avalia que Ciro incitou violência contra Bolsonaro. Em vídeo, o ex-ministro defende que o presidente – caso tente um golpe no Brasil – tenha o mesmo fim do ditador fascista Benito Mussolini, morto na Itália nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial. “Quero também dizer que se ele (Bolsonaro) tentar um golpe, no futuro ou em qualquer momento, nós daremos a ele o destino que teve Mussolini. Eu, Ciro Gomes, assumo, como palavra de honra, estarei na luta de um, de dez ou de mil, para dar a ele o destino de Mussolini se ele tentar algum golpe no Brasil”.

Em relação a Freixo, o vereador destaca mensagens do parlamentar no Twitter, com os seguintes dizeres: “É impeachment ou morte” e “Bolsonaro genocida”. “Ele aí também atenta claramente contra a vida do presidente da República”, afirma Nikolas.

Sobre o empresário Tamaro Yamaguchi, o parlamentar diz que ele é “responsável por vender a cabeça do presidente em sua empresa, o que claramente é o reflexo de tudo aquilo que os parlamentares estão dizendo aí em suas redes sociais, incitando, de fato, o ódio, a morte, contra o presidente da República”.

Nikolas completa: “O meu papel aqui, como fiscalizador da lei, é simplesmente pedir isonomia, igualdade, para que de fato, da mesma maneira como há uma decisão do Suprema Tribunal Federal contra Daniel Silveira, também o entendimento seja estendido para os demais parlamentares, ex-parlamentares e esse rapaz que vende cabeça do presidente em suas redes sociais”.

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