Vítima de Felipe Prior teve partes íntimas laceradas durante o estupro, diz laudo

A coluna GENTE, do Portal IG, teve acesso ao despacho completo da Justiça, que determinou, no dia 8 de julho, a condenação de Felipe Prior pelo crime de estupro à vítima identificada apenas como Themis. Na decisão da juíza que cuidou do caso, a jovem sofreu laceração na vagina durante ato sexual e o prontuário médico registrado em 2014 foi determinante para que o ex-BBB fosse enquadrado pelo Código Penal.

Em um documento de 51 páginas, a juíza Eliana Cassales Tosi Bastos deu peso não somente ao prontuário médico, mas também pelo inquérito policial, pelas trocas de mensagens entre a vítima e o réu, e pelas declarações de todas as testemunhas arroladas no caso. Para a magistrada, a defesa de Prior não conseguiu em momento algum contestar as informações postas pela vítima e por seus amigos e parentes que vivenciaram com ela o drama do estupro.

No prontuário médico anexado ao processo, consta que Themis sofreu uma laceração de grau 1 no pequeno lábio vaginal. A médica Rosyane Moura da Rocha, responsável por atender a vítima em 2014, após o ato sexual que motivou o processo, também prestou seu depoimento como testemunha e explicou que o corte não era de grau complexo e que o ferimento em si não configura se houve ou não estupro.

Ela ainda explicou que a vítima chegou ao hospital sem apresentar sangramento, assim como consta no prontuário, e que não foi necessário submetê-la a um procedimento de suturação. De acordo com o depoimento, embora Themis tenha dado entrada na emergência do hospital, o caso foi avaliado pela médica como um caso simples.

Além disso, como Themis não revelou no momento do atendimento a origem da laceração, ela não foi submetida ao protocolo médico aplicado a vítimas de estupro, que inclui um exame sorológico completo e manutenção de medicação para evitar a proliferação de eventuais doenças sexuais.

Embora Rosyane Moura da Rocha tenha afirmado em depoimento que não se lembrava de ter atendido a vítima, uma de suas falas foram fundamentais para que a Justiça interpretasse a laceração como fruto de um estupro: a médica afirmou que este tipo de machucado não costuma ocorrer em relações sexuais consensuais.

Fonte: Portal IG

 

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