Sobral e Eusébio lideram em ranking de desenvolvimento municipal no Ceará

Números são do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal; cidade da região metropolitana é a primeira colocada da região Nordeste

Dos três municípios mais desenvolvidos do Nordeste, o Ceará tem dois: Eusébio, ocupando a primeira colocação regional e 113ª no Brasil, e Sobral, a terceira na região e 255ª nacional. Os dados são do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que usa como base o ano de 2023.

Os dados, elaborados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), foram divulgados nesta quinta-feira (8). Ao todo foram analisados 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população.

Entre as cidades cearenses está, apenas, a pernambucana Fernando de Noronha. Tanto Eusébio quanto Sobral atingiram grau de desenvolvimento alto e figuram entre os 500 melhores resultados do Brasil, com índices de 0,8298 e 0,8001, respectivamente.

O índice considera três pilares: educação, saúde e emprego e renda que, somados, fazem uma média da cidade.

Dez melhores cidades do Ceará em desenvolvimento

  • Eusébio: 0,8298
  • Sobral: 0,8001
  • São Gonçalo do Amarante: 0,7478
  • Jijoca de Jericoacoara: 0,7406
  • Fortaleza: 0,7389
  • Maracanaú: 0,7381
  • Aquiraz: 0,7233
  • Pereiro: 0,7202
  • Frecheirinha: 0,7076
  • Guaramiranga: 0,7003

No emprego e renda somos terceiro na região
No ranking, quando consideramos somente o pilar emprego e renda, a cidade de Eusébio aparece em terceira do Nordeste, com índice de 0,8834. Em primeiro lugar na região está Fernando de Noronha (0,9778), em Pernambuco, seguida do município de Luís Fernando Magalhães (0,8891), na Bahia.

No Brasil, a posição de Eusébio é a 589ª, em um universo de 5,55 mil municípios. Já Sobral, no ranking nacional, está em 1.735ª colocação. No Estado figura em sétimo e na região 51ª posição.

Quando o que é levado em conta é apenas o pilar educação, Sobral é a primeira do Estado e da Região Nordeste (0,8887) e a sexta cidade no ranking nacional. Já Eusébio figura em terceiro (0,8760) no Estado e na Região. Quando olhamos nacionalmente, está em 22º lugar.

Aqui é importante destacar que o segundo lugar no Ceará e no Nordeste, foi Massapê. Neste contexto, a cidade aparece com resultado muito bom nos quesitos de ensino, porém em emprego e renda a colocação despenca para 90ª no ranking estadual.

Saúde: nem entre os dez melhores

No pilar saúde, o Ceará sai das dez primeiras colocações do Nordeste. A primeira cidade a figurar no ranking é Sobral (0,7930), na 11ª colocação na região e 135ª no Brasil.

No Estado, as colocações de 2ª a 5ª são, respectivamente, Barbalha, Guaramiranga, Arneiroz e Cascavel. Eusébio, é apenas o 56º município em desenvolvimento em saúde (0,7299) na região Nordeste e a 630ª no país.

Estado tem desenvolvimento socioeconômico baixo

No Ceará, 6 em cada 10 municípios estão na faixa de desenvolvimento socioeconômico baixo. O percentual, segundo o IFDM é de 60,3%. Embora, mais da metade das cidades estejam nesta realidade, considerando os três pilares, educação, saúde e emprego e renda, o estado apresenta desempenho mais favorável que a média nordestina.

É importante salientar que nenhuma cidade foi classificada como de desenvolvimento crítico. Ainda conforme o índice, 38,6% dos municípios cearenses foram classificados com desenvolvimento moderado e 1,1% alcançaram grau alto.

A análise mostra que, em dez anos, o IFDM médio cearense apresentou evolução significativa: passou de 0,4051 para 0,5917 — um crescimento de 46,1%. Esse avanço foi impulsionado principalmente pela educação, que teve alta de 70,7%, seguida por Saúde (+39,1%) e Emprego & Renda (+22,4%). Todos os municípios cearenses evoluíram frente a 2013.

Como é calculado o IFDM

Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de emprego e renda, saúde e educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Através dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.

Tanto a avaliação geral quanto as análises isoladas dos indicadores são classificadas em quatro conceitos de desenvolvimento:

  • Crítico: entre 0 e 0,4
  • Baixo: entre 0,4 e 0,6
  • Moderado: entre 0,6 e 0,8
  • Alto: entre 0,8 e 1

Fonte: Diário do Nordeste

Fonte: Diário do Nordeste