Perdendo para inflação, poupança deve encerrar 2022 com saque recorde

No acumulado de janeiro a outubro, as contas na caderneta registraram saque de R$ 102 bilhões

As contas da poupança tiveram o pior mês de outubro da série histórica, com um saldo negativo de R$ 11 bilhões. No ano, os saques superam os depósitos em mais de R$ 102 bilhões, o que faz com que 2022 caminhe para ser, de longe, o pior ano para a caderneta na história. A marca pertencia ao ano de 2015, quando a poupança registrou saques na ordem de R$ 53 bilhões.

A corrida para resgatar os recursos tem a ver com dois fatores: a inflação e os juros. No acumulado de 12 meses, o rendimento da poupança ainda perde para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador inflacionário do país. Enquanto os preços avançaram 7,17% de setembro a 2021 a setembro de 2022 (último dado disponível do IPCA), a poupança rendeu 6,72%. A diferença melhorou ao longo dos últimos meses, em razão da trégua da inflação, mas segue desfavorável para os investidores.

Na prática, deixar dinheiro parado na caderneta significa perder poder de compra, uma vez que os preços estão avançando a um ritmo superior da valorização da aplicação.

Inflação e juros

O outro fator que está influenciando o fluxo de retiradas é a dinâmica de juros. A taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75% ao ano. Além de ser base para o cálculo do custo do crédito no Brasil, a Selic é espelho para o CDI, indicador que corrige aplicações de renda fixa, como CDB, LCI, LCA, títulos públicos e vários outros.

Para efeito comparativo, enquanto a poupança rendeu magros 6,72% ao ano nos últimos 12 meses, o CDI avançou 11,3% no mesmo período – praticamente o dobro da caderneta.

 

Fonte: Metrópoles

1 comentário
  1. Zeneuch Diz

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